sexta-feira, 25 de abril de 2014

Eu por mim mesma – Parte IV: Mudança!

No final de 1979, quando eu estava terminando a 8ª série, meus pais compraram um apartamento na Mooca. Eu morava na Vila Ema, lembram?

Era uma apartamento novinho, com 3 dormitórios e finalmente eu teria meu próprio quarto. Eu tinha 14 pra 15 anos e nosso apartamento só seria entregue em janeiro de 1980. Mas como essas coisas sempre atrasam, já sabíamos que demoraria um pouco mais. Sem contar que o apartamento era pelado e teríamos que colocar carpete e fazer os armários embutidos.

Os armários embutidos foram feitos pelo tio da minha mãe, o irmão da minha avó materna, tio José. Esta foto é da parede dentro do armário. Ela foi tirada no dia 17/08/2012. Dia em que fui me despedir do apartamento, quando vendemos. Isso foi escrito no dia 19/08/1980, dia em que o armário foi colocado, e permaneceu lá até a venda do apartamento no final de 2012. Exatos 32 anos...

A cozinha também era bem pequena e precisaria de um projeto audacioso, que foi feito pelo nosso grande amigo Dailton, pai da Ione e da Elaine. Infelizmente o Dailton já se foi...

Como nós mudaríamos de bairro, eu já me matriculei direto no 1º colegial no MMDC. A minha casa era muito longe e fora de mão, apesar de serem bairros vizinhos. Eu teria que sair muito cedo, pegar 2 ônibus pra chegar na escola. Eu tinha apenas 14 anos...

Meu tio Alcides Gabarron, casado com minha tia Leonor (na foto à esquerda), ficou com pena e ofereceu que eu morasse com eles até o nosso apartamento ficar pronto. Fiquei morando com eles uns 3 ou 4 meses. Eles moravam bem pertinho da escola. Meu sonho se realizara e eu ia estudar na mesma escola que a Rita!!! Ela passava na casa da tia todos os dias e íamos juntas pra escola. 

Como felicidade dura pouco, meus tios mudaram pra Brodósqui: a terra de Portinari - e lá se foi minha companheira de escola e minha grande amiga que só voltaria anos mais tarde... A felicidade durou um semestre.

O “M” como era chamado, era uma das melhores escolas da Mooca. Houve um tempo que era preciso fazer Vestibulinho pra entrar. Realmente uma escola muito forte e como já não existem mais.

Lá fiz amizades que levo até hoje, como a Duda (Ilda Augusto Soares), a Luciana Tamallo, a Patrícia Lavecchia, o Ricardo Botelho, a Aninha (Ana Maria Saenz – que hoje mora em Cardoso), a Gracinha (que era da sala da Rita), o Maguila (Wagner Ebner) e mais um monte de outros amigos que infelizmente perdi o contato, mas que gostaria muito de encontrar, como o Marcelo (acho que era da Silva) e o Marcos Robles.

No “M” recebi o apelido de Fafá, por causa dos meus seios fartos... Esse apelido me seguiu durante os 3 anos do colegial. Os meninos gritavam FAFÁ pelos corredores e, ao contrário do que seria hoje, eu não chorava e nem me sentia intimidada. Apenas ria do apelido e até assinava como Fá... Hoje seria motivo para terapia e traumas por motivo de Bullying. Naquela época nem se falava nisso e eu mesma participava do bullying contra mim. Foi perdendo a graça e eles foram perdendo a vontade de gritar pelos corredores...

Naquela época eu já começava a engordar e ficar encanada com dietas e ginásticas. Foi quando comecei a frequentar a Silhouette com a minha amiga Ruth, que morava no mesmo prédio que eu e que era mãe das 3 meninas pra quem eu dava aulas particulares. Ah! Não falei? Aos 15 anos, ainda em 1980, comecei a dar aulas particulares para a Karla, Fabiana e Priscila (na ordem da foto). Essas 3 lindas na foto abaixo. Nunca mais parei de dar aula! 

Eu ia à Silhouette com a Ruth pra fazer ginástica, jazz e massagens com aparelhos redutores. Era um suadouro, mas quando saíamos de lá parávamos na lanchonete e comíamos um belo e farto hambúrguer com suco de laranja... que falta de juízo!

O primeiro colegial foi difícil e tirei a primeira nota vermelha de toda a minha vida... Física e química! Aff, como era difícil!

Tenho histórias incríveis do "M" e ainda volto a falar dessa época tão apaixonante da minha vida.

Nunca repeti nenhum ano e cheguei ao 3º colegial, ainda na escola do Estado, aos 17 anos, em 1982.

*Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

Um comentário: