segunda-feira, 21 de abril de 2014

1965: um ano de excelente safra!

Como tudo começou...

Dia 26 de Agosto de 1965 nascia, de 8 meses, uma menina de 49 cm, 3 kg e 800, às 11h10, no Hospital Nossa Senhora do Pari. Eu: Gisele da Silva Esteves, filha de Adelmo e Conceição da Silva Esteves. Virgem com ascendente em Sagitário, Lua em Virgem, Escorpião na casa 12 e meio do céu em Leão.

Eu era a filha mais nova do casal e nasci depois de muitas horas de sofrimento de minha mãe, que teve uma febre muito alta, entrou em estado de delírio e quase morreu. Mas no final deu tudo certo. Só uns traumas de parto que anos mais tarde viraram uma síndrome do pânico, mas esta é outra história.


Meu irmão, Gerson da Silva Esteves, tinha 4 anos quando eu nasci. No início ele ficou muito enciumado, mas foi acostumando (muitas vezes me perguntei se ele tinha mesmo se acostumado). Ao longo da vida brigamos muito. Coisas de irmãos.




Eu fui a 3ª gravidez de minha mãe, que perdeu um bebê antes de eu nascer. Dizem que por imperícia médica. À esquerda, minha mãe (Conceição da Silva Esteves)... linda demais!

Nascia em uma família muito grande e feliz. Meu pai era metalúrgico e minha mãe fora tecelã até meu irmão nascer. Agora era mãe, esposa e dona de casa. Morávamos na Mooca em uma residência coletiva, mais conhecida antigamente por "cortiço". À direita, meu pai (Adelmo da Silva Esteves) com pinta de galã.

A 1ª casa que morei ficava em um quintal muito comprido, com muitas casas e muitas famílias morando. Bem lá no fundão ficava a casa dos proprietários. A minha casa era logo a 1ª: Um quarto e cozinha com banheiro externo. Eu tinha uma varanda que dividia com uma outra vizinha, a Maria. Lá no fundo tínhamos um quintalzinho e um portão que separava nossas casas das demais. Na frente eram casinhas menores e tinha banheiros para uso coletivo. Esta foto à esquerda foi tirada no murinho da nossa varanda. Gerson (bem no cantinho esquerdo, em pé Márcia e Marcos Ubeda, sentadas eu e Rita de Cássia Ubeda; à direita de nós, meu brinquedo favorito. Um gatinho que rolava uma bolinha. Já naquela época eu era apaixonada por gatos!

Quando tinha 1 ano eu tive uma bronco-pneumonia. Minha mãe me pegou com os lábios já roxos e me levou a um vizinho que era médico, no meio da noite. Corremos para o pronto-socorro e o médico disse a ela que se eu passasse daquela noite ficaria com alguma sequela grave. Fiquei com uma bronquite muito séria. 

Sofri muito com essa bronquite. Tinha crises horrorosas e muita falta de ar. Só não tinha nada na época das férias quando passávamos uns dias no litoral. Minha mãe fez de tudo, de tratamentos com vacinas importadas a simpatias. Até meu cabelo eles cortaram, como dá pra perceber no assassinato aos pelos capilares da foto ao lado... Aos 5 anos fiquei curada. Minha mãe nunca soube dizer o que realmente me curou. Nessa época o bairro da Mooca estava crescendo muito e a poluição também. Foi quando o médico disse que seria melhor mudarmos pra um bairro mais afastado e menos poluído.

Meu pai tinha uma condição financeira um pouco melhor então resolvemos procurar uma casa pra alugar. Mudamos pra Vila Ema, em uma casa novinha, só nossa, com quintal, jardim na frente, corredor lateral, sala grande, 2 quartos, banheiro e uma cozinha ampla.

O bairro estava começando, era quase todo sem asfalto, as crianças brincavam na rua, mas minha mãe não gostava muito que uma mocinha como eu ficasse na rua o dia todo.
Na mesma rua que morávamos, morava uma amiga de infância da minha mãe. Ela era cunhada de uma das irmãs dela, minha tia Maria José. Essa amiga, que eu passei a vida toda chamando de tia Cida, tinha também um casal de filhos que regulavam com minha idade e do meu irmão. O Jair e a Sueli. Eu fiquei amiga da Sueli, filha dela, com quem eu brincava muito. Minha mãe só deixava eu brincar na casa dela ou ela na minha casa. Na foto acima à esquerda, Sandra, Tia Maria José, minha mãe comigo no colo, meu pai e Gerson sentado). Nossa família era muito unida à família da tia Maria José. Aliás, desde solteiras, minha mãe e tia Maria eram unha e carne. Sempre viajávamos juntos, passávamos finais de semana na casa deles. A Sandra e nós dois éramos como irmãos.

Nossa criação era muito seca e presa. Apesar de sermos muito amados, não tínhamos dinheiro pra muitos luxos ou extravagâncias. Viajávamos sempre nas férias, ganhávamos bons presentes de Natal, mas sem muitos exageros!

Na foto acima à direita, eu e meu grande companheiro tico-tico! Seríamos inseparáveis até uns 10 anos de idade. Ficou podre, coitado.
Nesta foto ao lado, tirada em Ubatuba, eu tinha por volta de 12 anos.

Como podem perceber, eu fui uma criança magrinha até os 12 anos de idade, quando fiz minha primeira cirurgia e comecei a engordar. Até então meu apelido era Olívia Palito...

É isso!

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