quarta-feira, 23 de abril de 2014

Eu por mim mesma – Parte II: Com o pé no Ginásio

A rua em que eu morava era travessa da Avenida Solidônio Leite. Essa avenida é paralela à Estrada de Vila Ema, hoje conhecida por Avenida Vila Ema. Eu morava na direção da Fábrica de Brinquedos Bandeirante. Naquele tempo, 1970, as ruas nem tinham nome ainda. A minha rua, por exemplo, chamava-se "Rua B". Atualmente chama Rua Valdomiro Pedroso. Na foto ao lado, esse quadradinho vermelho com uma casinha amarela é onde eu morava, o quadro azul com uma setinha verde é onde ficava a escola que meu irmão fez o ginásio (Stefan Zweig) e que, mais tarde, eu também fiz. O quadrado verde indica onde ficava a fábrica de Brinquedos Bandeirante. 


Nas fotos à esquerda, onde era a Fábrica de brinquedos Bandeirante na foto 1 e o ponto onde tomava o ônibus pra ir pra casa a partir da 6ª série na foto 2. A ladeira da foto 2 era a rua onde fica o Stefan, lá no topo.
Quando eu entrei na 1ª série, em 1972, meu irmão estava ingressando no "antigo" ginásio, hoje incluso no ensino fundamental. O estado tinha construído uma escola novinha que ficava bem em frente à minha rua. A matrícula do meu irmão foi a nº 001 da escola.


Em 1976, com 10 anos eu estava indo pra essa mesma escola. Eu, que nunca gostei de andar, achei o máximo estudar na esquina de casa! Eu seguia feliz da vida por estudar tão pertinho de casa. Da quadra onde fazíamos educação física dava pra ver a minha casa.

Nas fotos à direita, a rua em que eu morava (não consegui identificar qual era a casa, pois a rua mudou muito). Lá no fim da rua, aquele paredão azul era o Stefan. A segunda foto, da direita acima, é da esquina da rua em que eu morava. Lá ficava a quadra descoberta.

A escola era maravilhosa, uma escola do estado como poucas. Quando comecei lá, na 5ª série, a escola tinha apenas 4 pra 5 anos. Tudo era novo. Essas fotos são atuais. A escola decaiu muito e essa pintura azul é horrorosa!

 O Stefan é "gigante" (quase 10 mil metros quadrados)! Como a escola fica em uma ladeira, tem portões pra todos os 3 andares que ficam abaixo do térreo.

Vou tentar descrever essa escola onde fui tão feliz e fiz tantos amigos legais.

Partindo do térreo: No térreo ficava a secretaria; a biblioteca; um estacionamento pequeno para professores; um pequeno espaço onde ficava uma mesa de ping-pong; 2 salas que deveriam ser laboratórios, mas eram salas de aula; uma arquibancada que desembocava na quadra descoberta; uma escadaria bem larga que levava aos andares superiores; e duas pequenas escadas, uma de cada lado da escadaria larga, que levava ao 1º subsolo.

No 1º subsolo havia uma cantina grande, um espaço que funcionava como uma pequena quadra e 3 escadarias: uma perto da cantina que levava direto ao 3º subsolo, outra, do lado oposto que levava também ao 3º subsolo e desembocava na porta dos banheiros que eram eternamente assombrados pela "loira do banheiro"; e uma outra, que ficava entre as 2 primeiras, que levava ao 2º subsolo.

No 2º subsolo havia um estacionamento maior para os professores, um depósito pra guardar o material de ginástica olímpica, um depósito para os instrumentos da fanfarra e 3 salas de aula onde ficavam as oitavas séries.

No 3º subsolo ficava a quadra coberta, uma arquibancada, os banheiros femininos e masculinos e um grande espaço onde não tinha nada.

Acima do térreo havia 2 andares com tantas salas que nem sei... No 1º andar ficava a sala dos professores e mais um monte de salas. No 2º andar somente salas.

Eram tantas salas que no ano que me formei, éramos em 13 salas só de 8ª série!


Eu consegui na internet uma foto da escola (acima) por dentro, no meu tempo não havia todas essas grades, mas acho que com o passar dos anos e o aumento da violência elas se fizeram necessárias... Pelo que posso lembrar, esse é o térreo.

Morro de vontade de voltar lá e fotografar tudo como está hoje...

Tantos alunos precisavam de muitos professores. E eram! Os professores eram altamente qualificados e guardei na lembrança os nomes de alguns: Píer (matemática), Suely (desenho), Regina (inglês), Anaide (estudos sociais), Catarina (geografia), Oswaldo (matemática), Sonely (ciências), Reginaldo (ciências), Hanna Eidy (francês) e tantos outros que não sou capaz de lembrar. Pena eu não ter nenhuma foto da escola na época.

A foto à direita foi tirada na 8ª série. Eu, Jurema, Telma, Píer (professor de matemática e amigo até hoje), Angélica e Regina.

O Píer e a Sueli são casados até hoje e eu ainda mantenho contato com eles. O Píer tinha uma empresa organizadora de formaturas e um cursinho. Foi ele que organizou a minha festa de formatura. Tudo o que eu sei de matemática e que foi muito útil na minha faculdade de logística, aprendi com o Píer. Ele foi, sem sombra de dúvidas, o melhor professor de matemática que tive durante todos os meus anos de escola!

Na matéria da Sueli, quando os trabalhos eram artísticos, confesso que era meu irmão que fazia tudo pra mim. Ela era uma excelente professora, mas eu não tinha o menor talento. Nunca tive e até hoje nem casinha eu sei desenhar. O que me marcou muito com a Sueli foram as aulas de desenho geométrico. A noção que tenho hoje com réguas e esquadros, devo a ela.

Anos mais tarde, 1986, eu lecionei no Cursinho PHD, saí e voltei. Fiquei com ele até 2003, quando vim pra Santos. Atualmente mantenho contato com minha amiga e professora Sueli Tuzi pelo Face. Acho que tenho uma foto da Sueli me dando o diploma. Preciso procurar.

Só que alegria de pobre dura pouco e o proprietário pediu a casa, pois sua filha ia casar. Começava a maratona na busca de uma nova casa. Eu tinha uns 12 anos e estava na 6ª série, por volta de 1977. 

Foi quando mudamos pra um sobrado que ficava na Rua Irmã Amélia, uma rua sem saída, um lugar muito gostoso. Essa rua era também uma travessa da Estrada da Vila Ema, só que bem mais longe. Ficava perto da antiga Padaria Amália (muito famosa nessa época). 

Procurei no Google e encontrei a casa. Continua exatamente a mesma. Impressionante!




Na foto abaixo, se der pra ver, na ponta do triângulo, a casa que eu morava na R. Irmã Amélia. Na base do triângulo a escola que eu estudava (em azul) e a casa que eu morava antes desta. Às vezes eu ia a pé (na maioria das vezes) e levava uns 40 minutos pra chegar. Odiava ir a pé! Mas às vezes voltava de ônibus, isso quando não perdia o dinheiro da passagem ou quando não tomava sorvete.


Meu irmão foi fazer o colegial (ensino médio) no Colégio Mário Marques de Oliveira. Um pouco longe, mas nem tanto. Lá ele fez muitas amizades que mantiveram contato por um bom tempo. Dessa época ficaram duas grandes amigas: Ione e Natália. Mais tarde, com certeza, volto a falar delas.

Fiz o ginásio todo no Stefan. Foram anos maravilhosos! Guardo desta época duas grandes amigas com quem ainda tenho contato: Therezinha Antonucci (que está no meu face) e Eliana Colombini (acho que ela saiu do face).

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